ACIC SE REÚNE COM ENTIDADES PARA COBRAR VIDEOMONITORAMENTO EM CARAZINHO

22/04/2015

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Na tarde desta quarta-feira, 22 de abril, a Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) se reuniu com diversas entidades locais a fim de cobrar da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, a aceleração do processo de instalação de câmeras de videomonitoramento na cidade. O secretário da pasta, Gian Pedroso, juntamente com o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Roberto Klein, compareceram à reunião para informar as ações do poder público a respeito da questão.

 

Também participaram da reunião, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Erselino Zottis; o representante da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) Zani dos Santos; o diretor de Projetos da ACIC, Gelso De Carli; a diretora do Departamento Municipal do Meio Ambiente (DEMA) Liana Tissiani; o presidente local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Júlio Piva; os capitães da Brigada Militar de Carazinho, Jarbas Bohrer e Juliano Moura; o presidente da Câmara de Vereadores, Paulino de Moura e o presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) Danilo Dal Zot Flores.

 

Conforme o presidente da ACIC, Jocélio Cunha, a reunião teve o objetivo de conhecer os motivos pelos quais o videomonitoramento ainda não é uma realidade no município e de solicitar ao poder público que esta seja uma prioridade, em função dos números relacionados à criminalidade na cidade. “Temos muitos episódios de crimes envolvendo o comércio e as empresas e a exemplo de outras cidades, como Marau, poderíamos ter uma redução desses episódios a quase zero, se fossem instaladas as câmeras de videomonitoramento. Nosso intuito é de que o secretário Gian Pedroso leve ao prefeito municipal, o nosso pedido de urgência a esse respeito”, declara.

 

A Brigada Militar, através do capitão Boherer, também se manifestou sobre a importância deste sistema de vigilância. “Têm acontecido, nos últimos tempos, inúmeras prisões de elementos vindos de outras cidades para praticar delitos em Carazinho. As câmeras de videomonitoramento representam um trabalho preventivo e proativo. Não dá para conceber, na atualidade, uma estratégia de segurança pública que não contemple o uso da tecnologia. Essas câmeras poderiam diminuir em muito, os crimes contra o patrimônio e contra a vida”, destaca.

 

Para Flores, que também é diretor para assuntos de segurança da ACIC, a instalação do sistema de videomonitoramento na cidade deve ser vista como primordial para resolver os problemas locais da segurança pública. “A câmera é um fator inibidor de delitos. Ainda citando o exemplo da cidade de Marau, lá foram investidos mais de um milhão de reais e o resultado foi muito positivo. O que as entidades querem saber é qual é o interesse político em investir no setor”, questiona.

 

Prefeitura precisaria investir 600 mil reais, a princípio

 

O projeto para a instalação das câmeras de videomonitoramento em Carazinho é antigo e já foi alvo de inúmeras polêmicas. Dentre elas, o fato de que a cidade poderia ter recebido um recurso do governo estadual, através do Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal dos Municípios do Alto Jacuí (Comaja) para a instalação do sistema, mas, em função de uma negativa do poder público municipal, isso não aconteceu. A proposta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento é de que seja usado o mesmo projeto proposto pela Comaja, já que ele, inclusive, já foi homologado e licitado.


De acordo com Pedroso, o projeto inicial foi orçado pela empresa vencedora da licitação em 460 mil reais, que compreenderiam 30 quilômetros de fibra ótica instalada e duas câmeras de videomonitoramento. Para que sejam instaladas, já de início, pelo menos 10 câmeras em pontos mais críticos para a segurança na cidade, seriam necessários em torno de 600 mil reais. “Eu tenho muito interesse em que esse sistema seja implantado na minha gestão. Para que isso aconteça, precisamos usar o projeto que já está em andamento e não criar um novo, porque isso levaria pelo menos mais dois anos. Com o projeto pronto e licitado, isso poderia ser feito ainda este ano, restando apenas alocar os recursos”, explica o secretário.

 

O secretário afirma também, que o orçamento destinado à Secretaria de Desenvolvimento para este ano é de 300 mil reais e, portanto, o entrave na realização do projeto é apenas financeiro. As entidades, no entanto, lembram que é possível conseguir o montante total se houver prioridade para o assunto no orçamento municipal e também, através de outros recursos, como emendas parlamentares.

 

Moura (Solidariedade) se comprometeu a economizar recursos do legislativo, a fim de que no final do ano, quando o saldo do orçamento for devolvido ao município, este recurso possa ser direcionado ao sistema de videomonitoramento. “O mínimo que pode sobrar é 300 mil reais. E esse dinheiro pode ser investido nessa questão, se o prefeito quiser”, diz.

 

Pedroso disse ainda, que sua missão é fazer o projeto sair do papel e que para isso, precisa do apoio da sociedade para que o projeto que já está em vigência seja, de fato, utilizado. “Agora vamos conversar com a empresa e ver a legalidade e a possibilidade de darmos esses 300 mil reais que temos disponíveis e parcelar o restante do valor”, informa.

 

Cunha encerrou a reunião lembrando que é preciso investir para que o maior número possível de câmeras seja instalado, com recursos do poder público, que é o responsável primário pela segurança pública. “O empresariado já está bastante sobrecarregado com o valor cobrado pelo governo através de impostos, então, é necessário que isso tenha algum retorno. O valor inicial a ser investido é de 600 mil reais, mas com o tempo esperamos que o sistema seja ampliado e a segurança local seja cada vez maior. Por isso as entidades são parceiras na busca de recursos, num segundo momento desse projeto”, conclui.

                       

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