REUNIÃO SEMANAL DA ACIC DEBATE POSSIBILIDADE DE TURNO ÚNICO EM CARAZINHO
29/06/2015
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A reunião semanal da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) desta segunda-feira, 29 de junho debateu, dentre outras pautas, o projeto de lei enviado na última sexta-feira ao Legislativo Municipal, que prevê a instituição de turno único nas repartições públicas da cidade. Os diretores da entidade expuseram sua opinião e se posicionaram contra o PL, sugerindo inclusive, que se ele for à votação de fato, que seja barrado pelos vereadores.
O PL 074 encaminhado pelo Executivo propõe que o serviço público municipal funcione das 12:20 às 18:30, com exceção das secretarias de Agricultura e Serviços Rurais e Obras e Serviços Urbanos, além do CAPSEM, que funcionariam das 7:00 às 13:00. Escolas municipais e serviços de saúde essenciais continuariam funcionando em dois turnos.
Conforme o presidente da ACIC, Jocélio Cunha, o posicionamento contrário da entidade se relaciona à morosidade que a comunidade enfrentaria ao acionar os serviços públicos. “Hoje nós já temos falta de celeridade em alguns processos que dependem da prefeitura e de algumas outras repartições públicas. Se o turno único for instituído vamos ter mais problemas ainda nesse sentido. A solução para o alegado problema orçamentário não passa por restringir o acesso dos contribuintes mediante utilização de turno único”, destaca.
Para o diretor de Projetos da entidade, Gelso De Carli, a instituição do turno único seria um retrocesso, especialmente aos setores que dependem do trabalho de pronto atendimento da prefeitura. “Nós, empresários, quando temos dificuldades financeiras, abrimos as portas dos nossos estabelecimentos e trabalhamos ainda mais, a fim de superar a crise. A prefeitura deve fazer o mesmo, e não trabalhar menos”, sugere.
E para o professor Hélio Büllau, que é diretor de Empreendedorismo da ACIC, o turno único não resolveria o problema de falta de recursos, alegado pelo Executivo. “A economia que seria feita com vale-transporte e energia elétrica seria muito pequena. Até porque, em função da demanda, seria necessário aumentar o número de horas-extras. Não compensaria”, avalia.
Caso vá à votação e seja aprovada, a nova lei passará a vigorar na data de sua publicação. Porém, até o encerramento da reunião semanal da entidade, a colocação do PL em votação era incerta, uma vez que a maioria dos vereadores alegou informalmente, pouco tempo para apreciação da matéria.
No encerramento da reunião, o presidente da entidade ainda lamentou a forma de encaminhamento do PL 074 por parte do Executivo, sem dar espaço a uma ampla discussão com a sociedade. A próxima reunião da ACIC será na segunda-feira, 06 de julho, às 13h
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