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Nesta quarta-feira, 23, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) Jocélio Cunha participou de uma reunião no Ministério Público Federal (MPF) de Passo Fundo, para solicitar ao Corregedor da Procuradoria da República do RS, Januário Paludo, uma unidade do órgão para Carazinho. O pleito foi levado ao Corregedor pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção local, Júlio Piva, com o apoio das entidades de classe do município.

Estiveram presentes na reunião também, o vereador Orion Albuquerque, representando o Poder Legislativo; o presidente do Sindilojas, Erselino Zottis; o representante do Sindicato Rural, Antônio Bocorny; o representante da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) Vanderlei Conte; e a presidente da Comissão Especial do Jovem Advogado da OAB/ Carazinho, Marcela Quadros Antunes.

Piva elencou ao Corregedor, uma série de motivos pelos quais se justificaria a instalação e uma unidade do MPF na cidade.  “Carazinho é a terceira vara criminal em número de processos no Estado, atualmente são 1.096 processos criminais em Carazinho, além de um número expressivo de processos cíveis. Nossa intenção é que o MPF esteja mais próximo da realidade da cidade e seu entorno e também das entidades aqui representadas. Sabemos que há um projeto de expansão e buscamos que nossa região seja contemplada”, explica.

Paludo afirmou que a interiorização do Ministério Público é relevante e que a Corregedoria reconhece as necessidades da região. “O desmembramento da unidade de Passo Fundo é justificável, porque Carazinho responde por 30% da demanda judicial do MPF e por 50% da extrajudicial. Nunca vamos conseguir cobrir todos os municípios com unidades próprias do MPF, até por questões de orçamento, pela situação notória do País, pela restrição aos concursos públicos. Mas existe a necessidade e se não houver tolhimento de orçamento, para o futuro, existe a possibilidade de estruturação de uma unidade do MPF em Carazinho”, informa.

Cunha também manifestou o interesse das entidades em que essa unidade venha para Carazinho. “Esse é um pleito antigo das entidades e acreditamos que essa união de forças seja importante para mostrar ao MPF que somos apoiadores das suas ações. Temos um excelente diálogo com o MPF de Passo Fundo e entendemos que apesar de todo esforço deste, a demanda é grande e há restrições por causa do deslocamento. Entendemos que o momento é delicado, mas quando o Brasil voltar a crescer, estamos na fila de espera para receber essa unidade”, afirma.

O Corregedor disse ainda, que fará uma solicitação junto à Procuradora Geral do Ministério Público Federal em Porto Alegre, de uma agenda para tratar sobre a questão. As entidades, conselhos correlacionados e o Poder Legislativo já manifestaram que estarão presentes na ocasião.

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