REUNIÃO NO MP DEFINE PARCERIAS PARA OPORTUNIZAR RESSOCIALIZAÇÃO DE APENADOS

29/09/2015

00:00:00

Uma reunião ocorrida ontem, 28, na sede do Ministério Público (MP) de Carazinho definiu parcerias para colaborar no processo de ressocialização dos presos que cumprem pena no Presídio Estadual de Carazinho (Pecar). O presidente da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) Jocélio Cunha participou da reunião como representante da entidade no Conselho da Comunidade.

 

Participaram da reunião que foi presidida pelo promotor público Juliano Grizza, o presidente do Conselho da Comunidade, Luciano Feldmann; a vice-presidente Iraci Dupont; o diretor do Pecar, Eberson de Oliveira; os diretores da UPF/Carazinho, Hélio Büllau e da Ulbra/Carazinho, Mari Taietti e representantes do Sistema S (conjunto de instituições de interesse das categorias profissionais): SESC, SEST/SENAT, SENAC e SEBRAE.

 

O promotor Grizza explicou aos presentes que a intenção do MP é promover o início de um processo que de alguma forma colabore com a ressocialização dos apenados. A ideia é que as instituições ofereçam vagas em seus cursos regulares, profissionalizantes ou de extensão, aos detentos do regime semiaberto e aberto, e também que promovam cursos de capacitação no Pecar, aos detentos do regime fechado.

 

Feldmann disse que este é um desejo antigo do Conselho da Comunidade e que pode se tornar realidade em breve, pela intervenção do MP. “Para aqueles que querem uma oportunidade, vejo que nós como sociedade devemos oportunizar, porque temos receio da forma como eles saem do sistema prisional atualmente, mas podemos mudar isso. Temos casos de pessoas que se ressocializaram porque alguém acreditou e deu a oportunidade”, destaca.

 

Cunha ressaltou que a iniciativa partiu de forma conjunta entre o MP e o Conselho da Comunidade, para a busca de parceria com as instituições de Carazinho, a fim de proporcionar algum tipo de formação a quem escolheu primariamente, o crime como caminho. “Nós precisamos, de forma conjunta, criar mecanismos de ressocialização e trabalho para essas pessoas. Qualquer trabalho que seja feito será pioneiro e trará algum resultado positivo, independente de com quantos apenados iniciemos”, afirma.

 

O diretor do Pecar, Eberson de Oliveira disse que atualmente cumprem pena no regime fechado 208 homens e 13 mulheres. Destes, pelo menos 160 não possuem nenhuma ocupação laboral ou instrutiva, sendo que pelo menos 60 deles estariam aptos a receber algum tipo de qualificação profissional.

 

 

A receptividade de todas as instituições ao projeto foi positiva e a próxima ação do grupo será uma visita às instalações do Pecar, na sexta-feira, dia 2, para avaliar que cursos poderiam ser oferecidos na estrutura já existente ou que infraestrutura seria necessária para a promoção de cursos no local. As instituições também estarão em contato com a direção do presídio para informar a disponibilidade de vagas nos cursos já existentes.

Fotos do Post

Compartilhar