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Na tarde desta sexta-feira, 24, a Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) realizou uma reunião de trabalho com a nova secretária de Desenvolvimento do município, Luciana Basso. Participaram da reunião, o presidente da ACIC, Jocélio Cunha; o vice-presidente Comercial, Cassiano Vailatti; o vice-presidente de Serviços, César Souza; o diretor para Assuntos de Segurança, Danilo Flores; o diretor de Empreendedorismo, Hélio Büllau e o diretor de Micro e Pequena Empresa, Sidnei Meyer.

Cunha ressaltou que a indicação de uma secretária técnica para a pasta é vista como uma esperança pela entidade. "Agora começamos a tratar do que pode ser feito na prática pelo desenvolvimento de Carazinho. Uma pessoa que tem conhecimento técnico acerca do orçamento pode dar andamento a muito do que está entravado por questões políticas na secretaria, e que precisa urgentemente ser feito para atrair novos investimentos", destaca.

Luciana relatou que conversou bastante com o prefeito sobre as dificuldades enfrentadas pela secretaria, especialmente na questão política, mas que ele está esperançoso de que por se tratar da nomeação de uma funcionária de carreira e com experiência técnica, estes problemas não existirão mais. "Sempre gostei muito de trabalhar em parceria e me sinto feliz de realizar essa reunião com a ACIC, que certamente é parceira e incentivadora do desenvolvimento em Carazinho", avalia.

A secretária também falou sobre as dificuldades da pasta, entre elas, o entrave do distrito industrial Iron Albuquerque, que está sub judice e onde nenhuma obra pode ser feita até que a situação seja resolvida. "Nesta semana pedi um prazo de dez dias para que os profissionais da secretaria de Desenvolvimento deem andamento ao processo, no que diz respeito ao que cabe a ela. Essa é a minha maneira de trabalhar, procurando dar celeridade ao que está parado", afirma.

Sobre a questão do distrito Iron Albuquerque, a ACIC se colocou à disposição da prefeitura, através de sua área jurídica, para juntamente com o departamento jurídico do município, tentar resolver a questão da titularidade da área e assim, poder realizar obras de infraestrutura no local. Uma ação civil pública solicitou na Justiça a devolução da área ao Estado, que foi cedida por lei ao município.

Já sobre a necessidade de ampliar o orçamento municipal para o Desenvolvimento, a secretária relembrou que a folha de pagamento do município tem crescimento vegetativo e compromete grande parte da receita, assim como a dívida pública. “Por isso temos restrição de verbas para investimento. Nosso município está no limite. Está trabalhando dentro do que é minimamente possível”, justifica.

Cunha também questionou a secretária sobre o que o município vai fazer para resolver os gargalos do orçamento, sugerindo inclusive, uma reforma administrativa. “É preciso fazer enfrentamento às despesas e não apenas criar novas receitas, especialmente baseadas no aumento de impostos”, acredita.

Georreferenciamento

Luciana defendeu ainda, a necessidade de um georreferenciamento, para atualizar a planta do município e resolver as disparidades de cobrança do IPTU na cidade. A ACIC posicionou-se contrária ao eventual aumento deste imposto, apoiando a ideia de um estudo detalhado a fim de corrigir as distorções existentes.

Hélio Büllau afirmou que o que alavanca o desenvolvimento é trazer novas empresas e novos investimentos para a cidade, gerando impostos, emprego e renda. “A reforma administrativa ajuda muito, mas precisamos mesmo de crescimento econômico em Carazinho”, frisa.

Já para Sidnei Meyer, a Secretaria de Desenvolvimento precisa ser prioridade no orçamento municipal. “O orçamento do ano que vem é de 195 milhões, então o poder público precisa dar um jeito de priorizar o Desenvolvimento em Carazinho, porque sem investimento não há aumento da receita”, pondera.

Sobre o sistema de videomonitoramento que está sendo implantado na cidade, a entidade atualizou a secretária sobre todo o processo junto aos secretários que já passaram pela pasta. Ela disse que vai buscar mais informações, a fim de tentar instalar um número maior de câmeras, já que a princípio serão colocadas apenas quatro até o mês de dezembro, conforme contratado pela prefeitura municipal.

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