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A reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) recebeu nesta segunda-feira, 16, a delegada Rita De Carli, titular da Delegacia de Polícia Civil de Carazinho. Ela falou aos diretores da entidade sobre a possibilidade de Carazinho perder o Posto do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto Geral de Perícias (IGP) no final deste mês.

O anúncio do fechamento do posto do IML e IGP em Carazinho foi feito pelo Governo do Estado e afetaria não somente a cidade, mas também os 17 municípios que utilizam o serviço na região. Os médicos legistas que prestam serviço no posto informaram à imprensa ainda, que já no mês de dezembro seriam transferidos ao posto de Passo Fundo. Mensalmente são realizadas em torno de 15 necropsias no IML e 100 exames no IGP.

A delegada salientou que a vinda do posto já foi resultado do pleito da comunidade no passado e que perdê-lo seria retroceder e prejudicar os usuários. O posto tem dois locais de atuação, um fica próximo ao Cemitério Municipal, onde são realizadas as necropsias e exumação de cadáveres e outro que funciona junto ao Centro de Especialidades Médicas (CEM) onde são realizados exames de lesões corporais, violência sexual, corpo de delito, entre outros.

Rita De Carli lamentou o anúncio do fechamento do posto de perícias em Carazinho e disse que está pedindo apoio às entidades para que se mobilizem a fim de sensibilizar o Governo do Estado para que isso não aconteça. "Estes serviços são fundamentais para o bom andamento do trabalho da polícia em Carazinho. Se isso acontecer, teremos de encaminhar tudo para Passo Fundo, cadáveres para necropsia e vítimas para exames, resultando em demora maior na realização dos exames e no retorno dos laudos, dificultando a rápida solução especialmente dos crimes graves, quando a exigência da sociedade por resposta é maior. Também demoraria mais a liberação dos corpos para velório", enumera.

O presidente da ACIC, Jocélio Cunha disse que já entrou em contato com o Diretor do Departamento de Perícias do Interior (DPI) Marco Antônio Curcio, para relatar a importância da manutenção do Órgão no município e ele informou que a decisão não é final. De acordo com Curcio, algumas mudanças estruturais precisam ser feitas e também a contratação de mais um profissional técnico, o que pode reverter a situação.

Cunha também marcou uma reunião com o prefeito Renato Süss, a fim de que seja discutida a questão e a possibilidade de auxiliar no atendimento às demandas do Órgão. A intenção é criar uma agenda em Porto Alegre, com o diretor Curcio e a presença do Executivo e Legislativo municipal, da ACIC e do Chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, para garantir que o posto do IML/IGP seja mantido em Carazinho.

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