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Nesta segunda-feira, 11, a reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) teve a participação do Delegado Titular da 28ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) Arlindo Cunha e da Delegada Rita De Carli, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Carazinho. O delegado assumiu recentemente a DRP, no lugar de Tadeu Cezimbra, que se afastou da função para ser pré-candidato a cargo eletivo no próximo pleito.

A DRP abrange 17 municípios da região e conforme o delegado, a maior ênfase de seu trabalho à frente da Delegacia será o combate ao tráfico de drogas. "Os crimes que se apresentam na região têm a ver com o uso e o tráfico de drogas, por isso teremos ações sistemáticas neste sentido. Em Carazinho, especialmente, onde o número de homicídios é muito expressivo e está também ligado às drogas", afirma.

O delegado Cunha também disse que conta com o apoio da comunidade para realizar esse trabalho efetivo e se colocou à disposição da entidade para firmar parcerias que visem o bem comum. "O combate ao uso e tráfico de drogas precisa contar com todos os setores da sociedade. Precisamos nos unir e nos engajar nessa causa", destaca.

A delegada Rita De Carli apresentou números relativos à DP local e destacou que o uso de drogas e de álcool responde por grande parte dos crimes que passam pela delegacia. "Tivemos um aumento significativo no número de roubos e furtos a estabelecimentos comerciais e a cidadãos. O que alimenta isso é a receptação dos produtos roubados. A sociedade precisa fazer a parte dela. Quem está comprando muito barato precisa desconfiar. Quase tudo o que é roubado e furtado vira pedra de crack, é preciso quebrar essa cadeia", alerta.

Outro dado alarmante apresentado pela delegada tem a ver com a violência doméstica. Segundo Rita, somente este ano já foram expedidas 100 medidas protetivas contra companheiros agressores, o que, na avaliação da delegada, também reflete o uso excessivo de álcool e de drogas.

Rita também agradeceu a intervenção da ACIC na questão do IGP (Instituto Geral de Perícias) e IML (Instituto Médico Legal) quando Carazinho esteve próximo de perder os dois órgãos, por falta de manutenção dos prédios onde estão instalados. “A falta de servidores e outros elementos necessários ao trabalho também nos levam ao limite do que podemos fazer pela segurança pública, por isso contamos com parcerias, com apoios que são fundamentais para o bem-estar de todos. Sabemos esse é um dever do Estado, mas entendemos que cada vez mais deve ser uma preocupação de todos”, ressalta.

O presidente da ACIC, Jocélio Cunha reiterou o apoio da entidade às questões ligadas à segurança pública, especialmente da Polícia Civil e Brigada Militar, dispondo-a a colaborar sempre que houver necessidades do setor. A próxima reunião-almoço da ACIC será no próximo dia 18 de abril.

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