REUNIÃO NO GABINETE DO PREFEITO DECIDE COBRAR DO ESTADO, RESPOSTA RÁPIDA À CRIMINALIDADE EM CARAZINHO
03/07/2017
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Nesta segunda-feira, 03, aconteceu uma reunião no gabinete do prefeito Milton Schmitz, para tratar sobre a questão da segurança pública na cidade. Participaram presidentes ou representantes das entidades de classe de Carazinho - ACIC, CDL, Sindilojas, Sindicato Rural, OAB/subseção Carazinho e Sindicar - além do subcomandante do 38 BPM, capitão Juliano Moura; do Promotor de Justiça, Juliano Grizza; da delegada Rita De Carli e dos vereadores Estevão De Loreno, Márcio Hoppen, Daniel Weber, Luís Fernando Costa, Gian Pedroso e Janete Roos.
Também estiveram presentes, familiares do empresário Décio Just, morto por assaltantes na última sexta-feira, 30, enquanto trabalhava em seu minimercado, no bairro Ouro Preto. A Polícia Civil está investigando o caso, mas ainda não tem pistas sobre os criminosos que cometeram o latrocínio.
Conforme o presidente da ACIC, Jocélio Cunha, o objetivo da reunião foi discutir alternativas para combater a criminalidade, a despeito das dificuldades enfrentadas pela Polícia Civil e pela Brigada Militar, especialmente no tocante ao baixo efetivo. "Nós perdemos um amigo, uma pessoa querida pela comunidade, um homem que estava trabalhando e essa morte não pode ser em vão. Estamos reunidos para ver como as entidades, a comunidade e o poder público podem colaborar com as forças policiais, para que isso não aconteça mais, mas acima de tudo, queremos uma resposta rápida do Governo do Estado", coloca.
Para o Capitão Juliano Moura, as dificuldades enfrentadas pelas forças policiais colaboram para que crimes assim aconteçam, ainda que o trabalho continue sendo feito. "Trabalhamos com capacidade operacional reduzida, entre 19% a 23% do que seria o ideal. Se dobrássemos o efetivo, ainda não teríamos 50% do efetivo ideal. É importante que a comunidade se mova através dos poderes constituídos e das entidades, para que venha maior efetivo. Está por ocorrer a formatura de 1.200 soldados e precisamos pleitear que eles venham para Carazinho, porque de outra forma é inviável aumentar a segurança. Trabalhamos e continuaremos trabalhando muito, mas estamos no limite de pessoal", relata.
A delegada Rita De Carli disse que este também é o problema da Polícia Civil, que enfrenta inclusive, dificuldades para comprar material de expediente. "Falta tinta para as impressoras, papel, equipamentos, mas, principalmente, efetivo", destaca.
O promotor Juliano Grizza frisou que é preciso trabalhar a valorização da vida, porque a banalização da morte entre criminosos começou a atingir também os cidadãos de bem. "Os criminosos, entre si, matam por motivos muito fúteis, pelo valor de algumas pedras de crack, por motivos passionais, por qualquer coisa. Precisamos de uma força-tarefa que enfrente essa criminalidade. Mais efetivo, mais operações, mais apoio à investigação, sem isso não é possível fazer o enfrentamento à criminalidade", ressalta.
Segundo o prefeito Milton Schmitz, a questão da criminalidade é generalizada e se reflete também na cidade de Carazinho. "Aquilo que estiver ao nosso alcance será feito. Vamos pleitear maior efetivo, vamos colaborar dentro das possibilidades do município, com a Polícia Civil e a Brigada Militar, porque isso não pode mais acontecer, é lamentável", pontua.
Ficou decidido durante a reunião, que será redigido um documento assinado por todas as entidades, pelos três poderes e por representantes da comunidade, requisitando uma força-tarefa para fazer o enfrentamento à onda de crimes que atinge o município. O documento será entregue pelo prefeito ainda esta semana ao secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer.
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