“O país convive com um estado de direito cambaleante” A afirmação é do deputado suplente Marcel Van Hattem, que participou do Ideias na Mesa da ACIC
02/04/2018
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Cumprindo com um dos objetivos da entidade, de oportunizar espaços democráticos para exposição de ideias e diferentes posições políticas, a ACIC recebeu para o Ideias na Mesa desta segunda-feira o deputado suplente Marcel Van Hattem. Além dos diretores e conselheiros da entidade, a reunião também contou com a presença do vereador de Não-Me-Toque, Charles Moraes e do presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini. Eleito pelo PP, Van Hattem esteve em Carazinho no mesmo dia que oficializou a sua filiação ao partido Novo, sigla pela qual ele deve disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Na semana que o País vive na expectativa da decisão do STF sobre o habeas corpus do ex-presidente Lula, Marcel Van Hattem falou sobre o tema 'Estado de Direito'. Segundo ele, o Brasil enfrenta atualmente uma “anormalidade jurídica que provoca um Estado de Direito cambaleante, garante muitos direitos e poucas responsabilidades”. Em relação ao STF, o político destacou que o STF hoje se mantem refém de duas situações. A primeira é a própria Constituição, "prolixa e pouca clara", e a segunda, segundo ele, é o número de atribuições e demandas do Supremo, o que prejudica a celeridade dos processos. O político, conhecido por suas posições críticas, e por vezes, polêmicas, não poupou a atual composição do Supremo, considerada por ele, a “pior da República”. Porém, não adiantou sua opinião em relação ao posicionamento que os ministros devem tomar na próxima quarta-feira. “A análise deveria ser puramente jurídica, independentemente daquilo que gritam as ruas, mas sabemos que as decisões do STF sofrem influências da opinião pública”, declarou, acrescentando que a segurança jurídica deveria vir de cima, com o Supremo dando o seu exemplo.
Apesar de seu posicionamento crítico em relação ao sistema político, Van Hattem enfatizou que a solução para o país está na política e passa pelo fortalecimento das instituições, a punição dos corruptos e pela valorização do indivíduo que gera riquezas, como empreendedor ou trabalhador. No encerramento, o deputado licenciado fez um chamamento aos empresários para que participem dos atos marcados para esta terça-feira que antecede o julgamento do STF. “É impossível prever o que irá acontecer nesta quarta-feira, mas cada um de nós tem que fazer a sua parte e principalmente manter uma visão de longo prazo”, concluiu.
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