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No Ideias na Mesa da ACIC, o vice-presidente regional da FIERGS/CIERGS, Jairo Alberto Zandoná, apresentou o cenário da economia do Estado e defendeu a redução de impostos.

“Um cenário político desafiador que certamente terá impacto na economia”. Foi com esta frase que o vice-presidente da FIERGS/CIERGS, o empresário Jairo Alberto Zandoná iniciou a sua apresentação no Ideias na Mesa da ACIC desta segunda-feira, 23. Ao traçar um panorama sobre a economia do Rio Grande do Sul, o dirigente apresentou dados elaborados pela Federação e que revelam um cenário de lenta recuperação, mas ainda muito distante do nível de produção do período pré-crise.  Primando pela regionalização das ACIs, o evento contou com a participação do ex-vice-presidente da ACISAR, o empresário do município de Sarandi, Eleandro Milani. Além dos diretores da entidade, a reunião ainda contou com a presença de empresários associados da ACIC. 

De acordo com os dados elaborados pela Fiergs e apresentados pelo empresário, o estado do RS possui hoje o PIB mais baixo do país. De 2013 (período pré-crise) a 2017, houve uma perda acumulada de R$ 148 bilhões, o equivalente ao PIB do Rio Grande do Sul e Santa Catarina somados. Tais números refletem diretamente na geração de empregos, cujos índices são igualmente preocupantes no Estado. Nos últimos 35 meses, foram fechadas 164 mil vagas formais de trabalho, havendo apenas uma pequena recuperação em janeiro deste ano, com 1.300 novas vagas. Outro dado que chama atenção é o crescimento da informalidade na esteira do desemprego. Segundo o empresário, os estados que menos cresceram no Brasil foram aqueles que possuem piso regional. “Não se pode aumentar salário por decreto, sem levar em conta o cenário macro da economia. O piso regional do RS hoje está 23% acima do mínimo nacional”, afirmou Zandoná. Diante do quadro apresentado, agravado por gargalos históricos de logística e tributação, o empresário enfatizou o posicionamento da FIERGS/CIERGS contrária a qualquer tipo de majoração de impostos. “Já está comprovado que a solução para o RS não passa por aumento de alíquota, mas sim por gestão. Não podemos mais estocar impostos”, defendeu, acrescentando que as entidades empresariais devem ser vigilantes quanto ao voto dos deputados em matérias que impactam os setores produtivos.

No encerramento do evento, o presidente Jocélio Cunha reforçou a posição da entidade que é semelhante ao posicionamento já anunciado pela FIERGS/CIERGS e também pela Federasul, contrários a contribuição sindical e favoráveis ao recolhimento facultativo, conforme determinado pela nova legislação. O presidente também anunciou que o próximo convidado do Ideias na Mesa é o chefe de Polícia do RS, Emerson Wendt.

Ideias na Mesa é um evento semanal da ACIC, que conta com o apoio dos seguintes patrocinadores: Carazinho Veículos, Hipermercado Boa Vista, Sicredi, SM Construções e Telha Certa.

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