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“Até 2012 andávamos com o extintor de incêndio embaixo do braço. Hoje, conseguimos pendurá-lo na parede”. A frase do reitor Marco Zimmer durante reunião-almoço da ACIC nesta segunda-feira, resume o que ele chama de novo momento da universidade, que é de não mais apenas apagar incêndios, mas de pensar a universidade estrategicamente para o futuro. O reitor participou da reunião com a diretoria da entidade acompanhado do pró-reitor Acadêmico Ricardo Rieth e da diretora do Campus Carazinho, Mari Taietti. Na abertura da reunião, o presidente Jocélio Cunha lembrou da parceria da ACIC com a Ulbra e da importância da universidade para o desenvolvimento de Carazinho.

            Antes de abordar os itens que fazem parte do reposicionamento estratégico da universidade que este ano alcançará um superávit operacional, Zimmer comemorou o número 40% superior de candidatos no vestibular de verão, que acontece neste sábado. “Isso só foi possível porque desde que assumimos em 2009, nosso foco passou a ser prioritariamente o ensino, onde todos os recursos produzidos passaram a ser reinvestidos na educação. Além disso, definimos como meta que todas as atividades da universidade deveriam ser auto sustentáveis financeiramente, o que nos fez tomar algumas decisões difíceis, mas não me arrependo”, declarou.  De acordo com o reitor, a Ulbra possui hoje 58.229 alunos distribuídos no Ensino Médio, Graduação, EAD e Pós-Graduação, e apesar de viver um momento de saúde financeira, ainda possui passivos importantes. Quanto a superação da crise enfrentada pela universidade, Zimmer fez questão de mencionar o papel do deputado carazinhense Ronaldo Nogueira, que, segundo ele, foi essencial na aprovação do PROIES, programa que permitiu a renegociação da dívida tributária da Ulbra e de outras universidades mediante o oferecimento de bolsas de estudo. “Parcelamos nossa dívida em 180 parcelas. Já pagamos quatro, faltam apenas 176 parcelas”, brincou ele.

Desafios

            O planejamento estratégico da universidade para os próximos 15 anos, segundo o reitor, iniciou com uma decisão que ele classificou de histórica para a universidade, que foi a separação das atividades religiosas e educacionais, a partir da fundação da Associação Educacional Luterana do Brasil – AELBRA – que passou a ser a nova mantenedora da Ulbra, porém com fins específicos educacionais. Além desta mudança, Zimmer citou os demais pontos do planejamento estratégico. O primeiro deles é a construção de modelo inovador de aprendizagem. Como professor, o reitor lembrou que os alunos não aprendem mais como antes. “São novas formas de aprendizagem que exigem novos métodos e um novo papel do professor”, afirmou, e ao mesmo tempo fez um alerta: “Hoje, apenas 14% dos jovens brasileiros de 18 a 25 anos frequentam uma universidade. Onde estão os outros?”, questionou, acrescentando não acreditar em uma alternativa de crescimento do ensino superior no país, senão pelo financiamento.  Ainda como metas do planejamento, Zimmer citou a aproximação da universidade com os contextos regionais e suas demandas e o reforço da identidade luterana da Ulbra.

            Após ouvir a explanação, o vice-presidente da ACIC Milton Schmitz afirmou ao reitor que a entidade estava aliviada em saber da superação das dificuldades da universidade e do trabalho que vem sendo feito. “Diante da importância da Ulbra para Carazinho, saímos desta reunião bem mais tranquilos e com a certeza que o município se firma cada vez mais como um grande polo de educação, com saltos de qualidade importantes. Verdade que Carazinho está precisando urgentemente de outros saltos de qualidade, mas em educação estamos bem servidos”, concluiu Schmitz.

A ULBRA EM NÚMEROS

- Total de 58.229 alunos: 7.500 na Educação Básica e 1.693 na Pós-Graduação

- Presente em 21 estados com ensino presencial e à distância;

- Unidades em seis estados brasileiros;

- Responsável por 5 mil empregos diretos em todo o país

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