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O Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS) apresentou em fevereiro a quarta queda mensal seguida: 1,1%, com ajuste sazonal. A atividade do setor no Estado está operando no mesmo patamar de maio de 2009. "Essa retração contou com dois contratempos adicionais: o menor número de dias úteis devido ao Carnaval e à greve dos caminhoneiros. Além disso, o ciclo recessivo também é agravado pelo desaquecimento da demanda, a inflação elevada, o acúmulo de estoques e o aumento dos juros e dos custos", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, nesta quarta-feira.

Na mesma base de comparação, com exceção da massa salarial, que ficou estagnada, todos os componentes caíram, alcançando maior intensidade nas compras industriais (-6,4%), horas trabalhadas na produção (-2,6%) e no faturamento real (-1,8%).

Na comparação de fevereiro com o mesmo mês de 2014, a atividade atingiu um ano de queda ininterrupta, exibindo o pior resultado (-12,3%) desde outubro de 2009. Dos 17 setores pesquisados, apenas alimentos (2,4%) e impressão e reprodução de gravações (0,9%) ficaram positivos.

As maiores retrações ocorreram em veículos automotores (-27,7%), vestuário e acessórios (-20,2%), móveis (-19,4%) e máquinas e equipamentos (-18,5%).

No acumulado de 2015, a perda foi de 10,9%. Com dados desde 1992, o resultado só não é pior que o do primeiro bimestre de 2009 (-16,0%). Todos os indicadores do IDI-RS desaceleraram: compras de matérias-primas e insumos (-22,6%), faturamento (-16,6%), horas trabalhadas (-9,3%), emprego (-5,0%), massa salarial (-3,8%) e utilização da capacidade instalada (-3,6%).

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