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A Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC) recebeu durante a reunião da diretoria executiva, nesta segunda-feira, 06, o deputado estadual Vilmar Zanchin (PMDB-RS). Ex-prefeito de Marau e ex-presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) o deputado foi eleito no último pleito para o mandato 2015/2019 e em Carazinho obteve 258 votos.

Durante a conversa, Zanchin esboçou um breve panorama sobre a situação financeira do Estado, apresentando dados como o déficit projetado para 2015, que é de 5,4 bilhões de reais. “Dos últimos 44 anos, durante apenas sete, o Estado gastou menos do que arrecadou. 75% dos gastos do governo estadual são com a folha de pagamento. E 46% da folha são de inativos. Isso beira a ingovernabilidade”, afirma.

Apesar dos números negativos, Zanchin acredita que a crise financeira enfrentada pelo Rio Grande do Sul é passageira. “Todos os governos, quer por ação, quer por omissão, são culpados pela crise. Chegou o momento em que os gaúchos devem se unir, esquecer as diferenças e trabalhar juntos para tirar o Estado dessa situação e vislumbrar horizontes mais prósperos”, destaca.

Diretores da ACIC também tiveram a oportunidade de apresentar ao deputado, demandas de interesse empresarial e comercial. O presidente da ACIC, Jocélio Cunha, questionou o deputado sobre a validade do piso regional. “Nós entendemos que essa questão tem um viés que é apenas político. O piso regional inviabiliza investimentos de micro e pequenas empresas e na nossa região já foi responsável por muitas demissões”, relata.

Zanchin explicou que a questão ainda não entrou na pauta da Assembleia Legislativa e que se isso acontecer, ele votará contra a manutenção deste piso, por entender que ele desestimula o crescimento da economia regional. Outra necessidade levantada durante a reunião é a de uma reforma administrativa, que contemple o enxugamento da máquina pública e permita investimentos que fomentem a indústria e o comércio, além dos demais setores que estão sendo prejudicados pela crise.

Cunha também colocou em discussão o imposto de fronteira, que são os 5% de ICMS cobrados na compra de produtos de fora do Rio Grande do Sul por pequenas e microempresas, enquadradas no regime tributário Simples Nacional. Segundo o deputado, a posição do governo em relação a esse imposto já foi de extingui-lo, mas diz que hoje ele representa uma arrecadação de 300 milhões de reais e que para eliminá-lo, será necessário criar uma alternativa viável de substituição.

O deputado ressaltou ainda, que mais do que trazer projetos para o desenvolvimento regional, sua presença serve para trazer uma visão da realidade. “Vamos nos preparar para dias que serão difíceis, mas muito necessários para que, passada a crise, o governo olhe com mais atenção para esta região que é tão produtiva”, frisa.

A próxima reunião da diretoria executiva da ACIC será no dia 13 de abril, com a presença do deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS).

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